Audiência sobre bullying lota Câmara de Apucarana

por Administrador publicado 11/07/2011 19h47, última modificação 08/04/2016 17h21
O plenário da Câmara de Apucarana sediou na noite de sexta-feira uma audiência pública sobre o combate ao bullying, perseguição repetitiva e que ocorre principalmente nas escolas
Audiência sobre bullying lota Câmara de Apucarana

O encontro, cuja iniciativa partiu da vereadora Lucimar Scarpelini (PP), reuniu centenas de pessoas, entre representantes de instituições de ensino da rede pública e privada, entidades e comunidade, e contou também com a presença do deputado estadual Evandro Júnior, presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa.

Em Apucarana, segundo estimativas do Conselho Tutelar da Criança e do Adolecente, pelo menos um caso de bullying, cuja violência pode ser física ou psicológica, é acompanhado pelo órgão por dia no município. A maioria acontece em escolas da rede pública e envolve alunos com idade entre 10 e 16 anos. Evandro Júnior lembrou alguns casos de bullying ocorridos em seu tempo de estudante, inclusive contra ele próprio, e destacou a importância de se mudar atitudes na sociedade, valorizando as diversidades no ambiente escolar. “Esse trabalho em favor da educação e contra o bullying e outros problemas enfrentados nas escolas eu iniciei lá atrás, quando ainda era vereador, e estou ampliando agora, como deputado. Minha percepção, porém, é de que não adianta apenas apresentar um projeto de lei, mas mudar hábitos e comportamentos”, assinalou Evandro Júnior. No final de maio, ele e o deputado estadual Professor Lemos apresentaram projeto de lei sobre a política antibullying nas instituições de ensino do Estado do Paraná.

Lucimar Scarpelini, autora de projeto semelhante, já aprovado na Câmara e destinado a combater o bullying nas escolas do município, afirmou na abertura da audiência que os estabelecimentos de ensino muitas vezes não têm estrutura nem apoio para lidar com a questão. Durante a audiência, ficou claro que a prática do bullying vem de longe, mas que só na década de 70 começou a ser estudada com atenção por pesquisadores de diferentes países. Entre outras, as práticas mais comuns são ameaças e agressões verbais ou físicas, submissão e humilhação do outro pela força, insultos ou atribuição de apelidos constrangedores e humilhantes e comentários racistas, homofóbicos ou intolerantes.

Especialistas no assunto, como as professoras Acácia Cristina Milano e Juliana Lenartovicz, definiram o que é o bullying e apresentaram sugestões de como os educadores, pais e alunos devem lidar com a prática. Houve também espaço para a manifestação dos participantes, que relataram experiências e procuraram contribuir com a audiência a partir da própria vivência no ambiente escolar e na vida pessoal. A audiência teve ainda a participação do vice-prefeito, Waldemar Garcia, representando o prefeito João Carlos de Oliveira, da chefe do Núcleo de Educação, Onide Sardinha, do Tenente Dejair Budkevitz, Comandante do 2° Pelotão de Patrulha Escolar Comunitária de Apucarana, vereadores, professores e membros de conselhos tutelares de toda a região. Também foi considerado um dos pontos altos do evento a apresentação de um coral de estudantes e de uma encenação teatral do Projeto No Name.

 

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