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Câmara promete rigor no caso do Iprohpar e da escolha das placas

por Administrador publicado 05/08/2011 17h13, última modificação 08/04/2016 17h39
A presidência da Câmara de Apucarana, acatando pedido de vários vereadores, anunciou na tarde desta sexta-feira (05) que vai tomar todas as medidas internas necessárias para apurar as denúncias de irregularidades apontadas pelo Ministério Público

no que diz respeito à compra de pães pela Prefeitura através do Iprohpar e à escolha de placas para os veículos do Legislativo, durante a gestão do ex-presidente Mauro Bertoli (PTB).

No caso do Iprohpar, o entendimento dos vereadores é de que a denúncia formalizada pelo Ministério Público esvazia a necessidade de se realizar uma CPI sobre o assunto, conforme era intenção desde o primeiro semestre. “Geralmente faz-se a CPI e, constatadas as irregularidades, encaminha-se para o Ministério Público para as devidas providências, além das medidas que podem ser tomadas no âmbito do próprio Legislativo. No caso do Iprohpar, o trabalho do Ministério Público nos poupou várias etapas”, assinala o presidente da Câmara, Alcides Ramos Júnior (DEM). Segundo ele, a partir de agora os vereadores já podem começar a discutir, diretamente, a implantação de uma Comissão Processante. “Através dela, é possível adotar medidas administrativas visando a punição, na forma da lei, de todos os agentes públicos eventualmente envolvidos”, disse Alcides, após reunião com vereadores e a assessoria jurídica.

Já quanto à denúncia oferecida pelo Ministério Público (MP) contra Bertoli (PTB), alegando improbidade administrativa por promoção pessoal com uso da máquina pública entre os anos de 2008 e 2010, quando ele foi presidente da Câmara, Alcides afirmou que o caso já vinha sendo apurado internamente. “Desde 16 de junho há na Câmara uma denúncia, encaminhada por um cidadão apucaranense, cuja cópia chegou a todos os vereadores. A apuração só não foi concluída por causa do recesso parlamentar em julho”, assinala o presidente.

Segundo o MP, Bertoli adquiriu três veículos para a Câmara (dois Astras e um Prisma) e teria encomendado placas no Detran com números e letras de seu partido, o PTB, para autopromoção. A placa BER-1477, por exemplo, foi interpretada pelo promotor como sendo promoção com as iniciais de Bertoli, enquanto o 1477 é o número com o qual ele foi candidato a vereador em 2008 e a deputado federal no ano passado.

Na mesma denúncia, o MP pede a exoneração do funcionário de carreira da Câmara Júlio César Ravasi, que era diretor do Legislativo Municipal na época. “Nossa assessoria passou todo o dia de hoje apurando esse assunto e não encontramos nenhuma assinatura, nenhum documento, nada que incrimine o servidor Júlio César Ravasi”, afirma Alcides Ramos. Ele frisa, porém, que a Câmara vai tomar todas as medidas a fim de que sejam apuradas as irregularidades. “Vamos passar essa história a limpo, doa a quem doer, mostrando para a população que os interesses coletivos e a transparência precisam estar acima do corporativismo. Tenho certeza que este não é apenas o interesse desta presidência, mas de todos os vereadores efetivamente comprometidos com a causa pública em Apucarana”, finaliza Alcides Ramos.