Clima de lamentação marca última sessão ordinária
Um clima de lamentação, sobretudo por conta da crise que se estabeleceu sobre o Poder Legislativo depois que a Justiça, a pedido do Ministério Público, pediu a prisão do ex-presidente Alcides Ramos (DEM), marcou o tom dos discursos.
A maioria dos vereadores se empenhou em mostrar que o mandato foi marcado por avanços importantes e que o trabalho não pode ser condenado por causa dos erros que estão sendo atribuídos a algumas pessoas.
“Se esses erros realmente aconteceram, sou da opinião de que os envolvidos devem ser punidos. Agora o que não se pode é colocar todo mundo na mesma vala comum”, afirmou Aldivino Marques, o “Val” (PSC). Candidato a vice-prefeito de Sérgio do Cristma na eleição de outubro, ele é um dos que ficam sem mandato a partir de janeiro.
Lucimar
Scarpelini (PP) fez um balanço das suas atividades, destacando a
interação que ocorreu entre a Câmara e a sociedade organizada.
“Aqui nós recebemos as autoridades ligadas à saúde, à
segurança, à assistência social, à habitação, ao trânsito, ao
fornecimento de água e a vários outros setores para debater e
cobrar soluções. Também foi neste mandato que foram realizadas as
sessões itinerantes, levando a Câmara para os bairros e distritos”,
afirmou Lucimar, ao frisar que está concluindo seu terceiro mandato
como vereadora.
Ela lamentou os fatos negativos que marcaram a Câmara neste final de mandato, lembrando também muitas reivindicações que foram levantadas pelos vereadores e que não saíram do papel, como o Centro de Eventos.
Outros
vereadores, como Telma Reis, Mauro Bertoli, Júnior da Femac, Luiz
Brentan, Marcos Martins e Carmelo Ribeiro aproveitaram a última
sessão para uma prestação de contas resumida sobre suas ações.
Já José Airton Araújo, o “Deco” (PR) e Laércio de Morais (PP)
cobraram ações da atual administração até o último dia de
mandato. Para Deco, vários serviços públicos estão praticamente
parados. “Não se pode parar um mandato pelo caminho”, cobrou o
vereador.
Laércio de Morais criticou o que chamou de “abandono” da cidade. “Não há serviço de varrição, o mato toma conta de Apucarana e a zona rural está completamente abandonada”, resumiu.
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19-12-12*Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Apucarana