Comerciantes, moradores e autoridades municipais discutem soluções para Praça do Redondo

por imprensa — publicado 18/05/2017 11h24, última modificação 18/05/2017 11h24
Um novo encontro, no dia 1º de Junho, possibilitará a apresentação do projeto e soluções que deverão ser tomadas de imediato
Comerciantes, moradores e autoridades municipais discutem soluções para Praça do Redondo

Moradores e comerciantes da Praça Interventor Manoel Ribas, autoridades do Legislativo, Executivo e Judiciário, representantes da Feira da Lua, entidades de Classe, Grupo GAIA - Grupo Ambientalista Interdisciplinar de Apucarana, , OAB, Conselho Municipal de Meio Ambiente, ambientalistas e convidados participaram na noite de ontem (quarta-feira 17/05), na Câmara Municipal de Apucarana, de um reunião para discutir, coletar os problemas e buscar soluções em conjunto para a Praça do Redondo.

Convocada pelo vereador Luciano Augusto Molina, a reunião que teve o acompanhamento dos vereadores Lucas Leugi, Antonio Marques “Marcos da Vila Reis”, Francisley Preto Godoi “Poim”, Gentil Freitas, Antonio Carlos Sidrin e Rodolfo Mota, foi conduzida por Mauro Bertoli, presidente da Casa de Leis. “Nosso principal objetivo é devolver a Praça do Redondo para a população de Apucarana. Sabendo dos problemas que os moradores e comerciantes estão passando, tanto com relação as andorinhas e pombas que se instalam durante todo o ano provocando mal cheiro e problemas de saúde, como pela falta de segurança que o local oferece durante o dia e a noite, convidamos as autoridades e os principais interessados para juntos buscarmos uma solução de imediato para o problema”, relatou Molina.

O presidente do legislativo, vereador Mauro Bertoli destacou que o encontro foi produtivo, várias idéias foram apresentadas e que as indicações feitas durante a discussão foram anotadas e serão analisadas primeiramente com o prefeito Beto Preto e sua equipe, e em seguida apresentadas a comunidade. “O Executivo, bem como todos nós do Legislativo, temos interesse em solucionar o problema que perdura há anos. Sabemos do sofrimento dos moradores, comerciantes e de quem utiliza o espaço para fazer suas compras, pegar um transporte, com o forte cheiro que fica no local prejudica e dificulta. As medidas serão tomadas. Solicitamos ao Executivo que faça um levantamento, pois recebemos inúmeras propostas na reunião. Uns querem o abate total das árvores, outros acham que abatendo algumas árvores e recuando o espaço da praça o problema possa ter uma solução. Frente às propostas, o tempo foi dado e no dia 1º de Junho, nos reuniremos novamente para que o projeto seja apresentado e a solução, se aprovada pelos moradores, comerciantes e pelos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, seja imediatamente executada”, destacou Mauro Bertoli.

Ele reforça que a manutenção e limpeza da Praça estão sendo feitas diariamente. “O Executivo trabalha para fazer o melhor, mas devido ao piso –  paver - que foi trocado na reforma da Praça em 2008, o cheiro penetra e a limpeza só não basta. Outro problema que discutimos foi à falta de segurança no local, embora a noite a iluminação esteja perfeita. O procurador jurídico do município, Dr. Paulo Vital, acompanhou e irá repassar o problema direto ao prefeito Beto Preto que tomará as providências com as autoridades competentes: Polícias Civil e Militar e Guarda Municipal. Trabalhamos em parceria e o nosso objetivo, tanto dos vereadores como do prefeito e seus assessores é zelar pelo bem da comunidade e da nossa cidade. Estamos todos cientes do problema e empenhados em encontrar soluções”, completou o presidente.

Dr. Thiago Cava, da 2ª Promotoria de Justiça da Comarca, participou da reunião e destacou que o abate de árvores é totalmente legal desde que haja uma compensação ambiental. “Nunca proibimos o abate, porém é necessária uma compensação. Na Praça em questão, as arvores são exóticas e não nativas. Temos que solucionar o problema antes que vire uma questão de saúde pública”, reforçou. Segundo o promotor a Prefeitura pode e deve conduzir os procedimentos legais.

Além do promotor, representantes do Gaia e do Conselho Municipal de Meio Ambiente expuseram algumas idéias. “Sugerimos fazer um estudo com botânicos e outros profissionais do setor para resolver a questão. Seria um leque de informações para encontrarmos a solução”, destacou o representante do Grupo Gaia, Lauro Kuchpil. Já o presidente do Conselho Municipal de Meio Ambiente Junior Serea, defende a solução imediata. “Comerciantes e as pessoas da nossa cidade sofrem com o problema. Sugiro o abate parcial e a compensação ambiental. Vamos apresentar projetos à comunidade que atraiam as pessoas, tentar oferecer um ambiente agradável na Praça do Redondo, um local que as famílias possam freqüentar. Perdemos a praça para as andorinhas, pombas, e para outros casos como a falta de segurança. Com a solução em mãos podemos, por exemplo, passar a praça para que os feirantes da Feira da Lua administrem e utilizem o local para o trabalho”, sugeriu Serea.

Cerca de 50 mil andorinhas passaram por Apucarana nesta temporada

Presente a reunião, o ornitólogo Demétrio Loren, que é funcionário da Copel, e dedicado à observação de pássaros, explicou que nesta temporada vieram para a cidade aproximadamente 50 mil andorinhas de 12 espécies. “Desde que cortaram as arvores da Praça Rui Barbosa as andorinhas vieram para o Redondo. Já migraram para outras cidades como Arapongas, Maringá e Campo Mourão, mas o clima da nossa cidade é propício. Elas buscam clima compatível, iluminação, praças e arvores de médio porte, e tudo isso tem aqui”, destacou. “As andorinhas, por outro lado, previnem doenças uma vez que comem 2 mil insetos por dia, com isso não temos doenças como a dengue, por exemplo, em nossa cidade. Proponho reduzir gradativamente as arvores e trocar o piso. Agora as andorinhas foram embora, mas ficaram as pombinhas e chupins”, explicou.

Moradores e comerciantes apresentaram projetos

Em nome dos comerciantes, o proprietário da sorveteria Tremonti, Vinícius Buquio, trouxe um projeto que já foi protocolado no Idepplan para que seja analisado. “Vivenciamos o problema há anos e esta impossível ficar no local. Apresentamos e protocolamos um projeto na Prefeitura para que seja analisado e esperamos um retorno”, frisou.

Moradores do edifício Topázio, através do Julio Cezar Ravazzi, explicaram que além do cheiro algumas arvores estão condenadas e galhos secos caem em cima dos carros. “Temos muita dificuldade. Outro fator que deve ser destacado é a falta de segurança no local”, completou Ravazzi.

Sérgio Bobig e Pedro Ross, servidores da secretaria Municipal do Meio Ambiente, comprometeram-se a reunir com suas equipes, fazerem um levantamento das árvores que estão plantadas na Praça do Redondo e apresentarem uma solução no próximo encontro. “Temos 30 variedades de árvores no local. Vamos fazer um estudo e no dia 1º de junho teremos uma proposta que será apresentada. Vamos fazer o possível para solucionar o problema e atender as necessidades da nossa comunidade. Esse é a principal meta da administração do prefeito Beto Preto”, finalizaram.

SERVIÇO

A próxima reunião será no dia 01 de Junho, na Câmara Municipal de Apucarana.