Funcionários de frigorífico protestam na Câmara

por Administrador publicado 12/09/2013 15h18, última modificação 08/04/2016 17h25
A possibilidade de paralisação do frigorífico Frigo Beto, administrado pela Oregon S. A., após a Justiça decidir fechar a estação de tratamento de efluentes, causou irritação aos mais de 250 empregados da empresa.
Funcionários de frigorífico protestam na Câmara

Portando faixas e cartazes, um grupo de funcionários lotou a Câmara de Vereadores de Apucarana durante a sessão ordinária da última terça-feira (10). Eles solicitavam a intervenção do Legislativo municipal no problema.

Entre 30 e 40 funcionários da empresa estiveram na sessão. O representante dos trabalhadores, Claudomiro Lopes, utilizou a tribuna para expor a situação e o ponto de vista dos empregados aos vereadores. “Nossa intenção vindo até a Câmara é sensibilizar a população, o poder público e, principalmente, o promotor Vilmar Fonseca. Nós queremos e precisamos trabalhar”, ressalta ele.

O funcionário chamou atenção também para a importância do trabalho desempenhado pelo frigorífico, não só no que diz respeito aos funcionários, mas também com relação ao mercado. “Vem do nosso trabalho todo o sustento da nossa família. Não podemos ficar sem trabalhar. Além disso, o frigorífico abastece mercados e açougues, tanto de Apucarana quanto de outras cidades da região”.

Os vereadores se mostraram solidários às reivindicações dos trabalhadores. “Tenho certeza que esse problema será resolvido da melhor forma possível, e em breve. Tanto os vereadores quanto o próprio prefeito estão empenhados em resolver essa situação o mais rápido possível”, destacou o presidente da Câmara de Vereadores, José Airton de Araújo, o Deco (PR).

O vereador Gilberto Cordeiro de Lima (PMN) também se mostrou do lado dos funcionários da empresa. “O frigorífico não pode ficar nem um dia parado. Esses funcionários precisam trabalhar para conquistar o sustento de suas famílias. Se a situação está com o Judiciário, cabe a nós conversar para que possamos quem sabe sensibilizá-lo”, afirma.

O Ministério Público, através do promotor Vilmar Fonseca, proibiu a empresa de lançar seus resíduos em lagoas de tratamento às margens de afluentes do Rio Pirapó. No entanto, o Instituto Ambiental do Paraná (IAP) justifica que a empresa possui autorização para usar as lagoas, visto que a legislação que as proíbe em área de mananciais é posterior ao funcionamento do frigorífico.

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12-09-13