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Itinerante demonstra a revolta do Aeroporto e Jardim Colonial

por Administrador publicado 16/07/2011 13h50, última modificação 08/04/2016 17h25
A falta de água, problema constante na região, resultou em pronunciamentos revoltados por parte de vários moradores.

Solução urgente para a falta de água, que deixa inúmeras famílias sem ter sequer como preparar suas refeições, investimento urgente em segurança, saúde e pavimentação asfáltica foram as principais reivindicações dos moradores dos jardins Aeroporto, Colonial, Raposa I e outros bairros adjacentes, durante a sessão itinerante realizada pela Câmara de Apucarana na noite desta quinta-feira (14). Na opinião de quase todos os vereadores, esta foi a reunião que ocorreu em clima mais tenso, com vários desabafos dos moradores, principalmente contra a Sanepar, o 10º. Batalhão da Polícia Militar e a Prefeitura. Até os vereadores que representam a região foram interpelados publicamente pelos moradores. “Este é o espírito da sessão itinerante: abrir espaço para o diálogo franco e direto entre o poder público e a população. É compreensível a revolta dessas famílias, pois elas não agüentam mais as promessas que nunca saem do papel”, avalia o presidente da Câmara, Alcides Ramos (DEM).

Um dos apelos mais dramáticos foi feito pela dona de casa Maria José da Costa. Deficiente, ela se locomove com dificuldade e diz que foi arrastada recentemente pela enxurrada que desce pela sua rua. “Reclamei na Prefeitura, reclamei no rádio e fui até no Ministério Público, mas até agora não apresentaram solução nenhuma”, afirmou. Lucinéia Silva, do Raposa I, levou cópia da edição de um jornal de 1º. de maio de 2010, anunciando o asfalto no bairro. “Só que até hoje o asfalto não veio. Tenho bolhas nas mãos, porque eu mesma faço o tapa-buraco. Só assim para o ônibus percorrer a nossa rua”, afirmou. A segurança, segundo ela, também é precária. “Quando tem assalto, nós é que temos que ir atrás dos assaltantes”, dispara.


A falta de água, problema constante na região, resultou em pronunciamentos revoltados por parte de vários moradores. Eles dizem não entender como a prefeitura anuncia a construção ali de mais 450 casas, sendo que não há água nem para as famílias que já vivem na região. “Trabalho fora e deixo para lavar a roupa no sábado, só que no sábado nunca tem água”, queixou-se uma moradora, que também reclamou da demora no atendimento para consultas especializadas. Segundo ela, foi preciso esperar sete meses por atendimento com um ortopedista. Fátima Solera afirma que um rolo compressor da prefeitura foi deixado numa das ruas do bairro desde o final da gestão de Valter Pegorer (2008), tendo sido retirado há poucos dias. “É um desrespeito com o patrimônio público”, disse ela.


Nelson Mardegan, representando a Sanepar, informou que já estão em andamento obras que devem amenizar a falta de água na região. Ele pediu paciência, lembrado que o novo governo tem apenas um semestre e que a demanda por serviço se acumulou ao longo de anos. Representantes do 10º. Batalhão da Polícia Militar também responderam a questionamentos na área de segurança. “A exemplo do que ocorreu nas sessões anteriores, vamos elaborar um documento com estas reivindicações e encaminhá-lo à Prefeitura”, afirmou Alcides Ramos.


itc