Janeiro Branco: atividades têm início em Apucarana

Acompanhada do prefeito Junior da Femac e da secretária Municipal da Mulher e Assuntos da Família, Denise Canesin, a Procuradora da Mulher e vereadora, professora Jossuela Pirelli, participou na manhã desta terça-feira (18/01), na sede do Sindicato do Comércio Varejista (Sivana), do lançamento da campanha “Janeiro Branco”.

Realizada pela Prefeitura Municipal de Apucarana por meio da Secretaria da Mulher e Assuntos de Família, Câmara da Mulher Empreendedora e Gestora de Negócios (CMEG), Sivana e Clínica de Psicologia APSI, com apoio da Procuradoria da Mulher da Câmara Legislativa, o Janeiro Branco tem como objetivo promover o debate, esclarecer dúvidas e discutir a importância dos cuidados em saúde mental saúde mental.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil é o país com mais casos de ansiedade registrados no mundo e o quinto em número de pessoas sofrendo depressão. Casos de ansiedade, insônia e depressão aumentaram significativamente. Mais de 50% dos brasileiros afirmam que a saúde mental piorou no último ano, uma das consequências do cenário de pandemia.

Rodas de conversa e palestras nas empresas serão promovidas com o apoio dos profissionais da Clínica País, coordenados pelos psicólogos Eduardo Hashimoto e Rosana Gasparotti, idealizadores do projeto.  Dessa maneira, será possível detectar possíveis casos de trabalhadores com quadros de sofrimento mental e dar o devido encaminhamento a eles.

O prefeito Junior da Femac defendeu que os cuidados com a saúde mental precisam ser enfatizados no período de recrudescimento da covid-19. “O ser humano em geral, e o brasileiro em particular, é muito gregário. A pandemia nos afastou uns dos outros e isso nos causa sofrimento, talvez maior do que possamos avaliar. O mundo não vai voltar a ser o que era antes. Precisamos falar de nossa saúde mental, de nossas emoções. Por esse motivo nossa gestão colocou no quadro permanente das UBSs o profissional de psicologia. No posto de saúde temos médicos e dentistas, e agora psicólogos também. Temos ainda o projeto terapêutico das hortas Acolher, que vem trazendo benefícios aos pacientes psiquiátricos. Saúde mental é prioridade de recursos e de tempo em nossa gestão”, disse o prefeito.

Transformar as relações humanas e salvar vidas foram os principais pontos enfatizados pela secretária da Mulher e Assuntos da Família Denise Canesin, também coordenadora do Comitê Intersetorial de Saúde Mental. “Em conjunto com todos os atores sociais aqui representados, queremos ampliar nossos cuidados com a saúde psíquica da população, fragilizada pela pandemia. Este é um momento de importância fundamental e a campanha Janeiro Branco vem ao encontro de nossos objetivos de sensibilizar a população quanto ao adoecimento mental, que precisa de tanta atenção quanto à saúde física, mas que sofre com preconceitos e desinformação. Esta é nossa luta, de janeiro a janeiro”, enfatizou.

A vereadora Jossuela destacou também que muitas pessoas estão passando por momentos difíceis. “O Janeiro Branco é um auxílio, um alento. Precisamos nos conscientizar que algumas batalhas não vencemos sozinhos e que toda ajuda é necessária. A dor ensina. E esse é o momento para aprendermos. Janeiro é o início, é o incentivo, é o momento para começarmos a procurar ajudar, cuidar da saúde mental, procurar se cuidar. É ano novo, renovação, é cuidado, é investimento, é tratamento”, disse Jossuela.

 Um dos idealizadores da campanha, psicólogo Eduardo Hashimoto, destacou a importância de oferecer tempo e espaço para que a pessoa possa refletir e conversar sobre suas emoções. “A ideia do projeto é trabalhar sobre as perdas que as pessoas enfrentam, seja a perda da liberdade, do convívio social, ou de entes queridos. Muitas pessoas não falam sobre essas questões, sofrendo caladas”, reiterou o psicólogo.

A presidente da Câmara da Mulher, Nilsa Christ, observou que a campanha é uma oportunidade para falar sobre saúde mental, em especial durante a pandemia de Covid-19. Ela lembrou que, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a ansiedade afeta 18,6 milhões de brasileiros e os transtornos mentais são responsáveis por mais de um terço do número de pessoas incapacitadas nas Américas.