JOMAR MENDES PEIXOTO - MULHER DESTAQUE 2019
Jomar, Mulher Destaque 2019 e o vereador Edson da Costa Freitas
E a homenageada desta quarta-feira é a JOMAR MENDES PEIXOTO, que recebeu o Prêmio Mulher Destaque, indicada pelo vereador EDSON DA COSTA FREITAS.
Aos vinte e dois dias do mês de setembro de 1958, na cidade de Duque de Caxias, Rio de Janeiro, nascia a menina JOMAR MENDES PEIXOTO. Filha de MARGARIDA MENDES e JOVINIANO MACHADO PEIXOTO, ela, mineira, e ele, carioca, (Sr. PEIXOTO, como era chamado) técnico em telefonia, foi convidado no início do ano de 1959, para trabalhar no PR, precisamente em Apucarana, como Técnico na Central Telefônica da cidade (ORTEPA) e, assim, montar centrais telefônicas nas cidades vizinhas que não possuíam este serviço. Deste modo, começou a vida apucaranense da menina JOMAR e de seu pai, Sr. PEIXOTO, considerado um mágico por proporcionar aos cidadãos apucaranenses e região o “luxo da comunicação telefônica”.
No ano de 1961, nascia o irmão JOVIMAR que veio completar a família. Quando JOMAR estava com 5 anos, Sr. PEIXOTO recebeu uma proposta de um grupo da Capital, tendo como diretor o Sr. Issa Macli, para presentear os moradores de UMUARAMA (onde o grupo possuía negócios) com a magia da comunicação telefônica. Umuarama e cidades vizinhas, até Cascavel falavam e falavam pelos dons telefônicos do Sr. PEIXOTO. Durante este tempo, JOMAR e o irmão estudaram no Colégio São José, das Freiras Coração de Jesus. Lá JOMAR concluiu o chamado primário. As telecomunicações passaram do particular para propriedade do Estado.
Missão cumprida, de volta aos anos 70 a Apucarana, Sr. Peixoto foi trabalhar como Técnico de manutenção dos telefones PABX, da Prefeitura de Apucarana e Colégio São José. JOMAR foi estudar no Colégio Estadual Nilo Cairo, 1ª série do ginásio, vida nova. Ao terminar a 4ª série ginasial, quando na formatura foi oradora, veio a indecisão: o que cursar, científico ou escola normal? Seu sonho para o futuro, ADVOGADA OU JORNALISTA...
Papai falou: Não, não, filha minha não vai estudar fora! Resultado, mesmo contrariada, a única opção era a Escola Normal, Professora Primária.
Neste ano, nova lei de educação, Escola Normal extinta. Nasce o curso Técnico em Magistério. (Pelo menos, um nome chique). No 1º ano do magistério, começou a trabalhar na biblioteca do colégio no período noturno. Por indicação dos colegas de turma, concorreu como Rainha dos Estudantes, representando o curso do magistério, em festa no clube 28. Foi coroada com o 2º lugar. No 3º ano, último do magistério, tomou uma séria decisão: trabalhar com muita coragem e fé em Deus, foi rumo à Prefeitura de Apucarana, subiu os degraus em direção à Secretaria de Educação, com o coração aos pulos e ansiedade total, pediu para falar com a secretária de Educação e Cultura, a temida e exigente Dona YOCASTA BIACHI, que com um olhar severo lhe pergunta: O que você quer??? A resposta inocente, mas sincera e honesta: dar aula. Procurou em um arquivo, mexeu em umas pastas e: “Tem um 1º ano na Escola Presidente Médici, lá no pontilhão, saída pra Londrina” (era o fim do mundo naquele tempo). “Aceito, a turma é minha”. E assim começou um grande caso de amor. Era uma turma com mais ou menos vinte e poucos alunos de 6 a 14 anos. Neste mesmo ano, com o incentivo das colegas do 3º ano do magistério, candidatou-se a “MISS APUCARANA 76”, com 22 candidatas, conseguiu o 3º lugar e foi eleita a “MISS SIMPATIA”, era só alegria.
Magistério no matutino, professora no período vespertino e bibliotecária no noturno. Muita coisa? Não! Tinha o “AMOR”, seu namorado JEOVÁ MARQUES, um mineiro que havia chegado a Apucarana, recém-formado em Odontologia, vindo de Araguari, MG. Magistério concluído, festa de formatura, quando novamente foi oradora. Coroando-a com o noivado e de presente do ano novo de 77, convidada para trabalhar no Colégio Mater Ecclesiae, recebeu uma turma do pré, Ed. Infantil, tendo como diretora a Madre Léa. Lembra com carinho da Madre Léa e afirma: Foi minha grande “MESTRA”, um grande exemplo”.
Em julho, o casamento. Foi sem dúvida um ano lindo e com muitas surpresas, novidades e aprendizado. No final de 77, foi convidada por Aparecida Viana, Diretora do Colégio São José, para assumir uma turma na Educação Infantil no GIRASSOL, que seria inaugurado no próximo ano. Novo desafio, mas desafio não intimidava, e lá foi. Sua Coordenadora, Mirley, foi uma grande orientadora e muito contribuiu em sua formação.
Nesta instituição trabalhou com crianças de 2 a 6 anos, tendo, nesta época, despertada a paixão pela alfabetização. Foram anos lindos e amados. Durante seu tempo de GIRASSOL, nasceram seus “TESOUROS”, Sacha, Ludimila e Igor, os 3 filhos do amor, crianças lindas e terríveis.
Em julho do ano de 2000, muito gentilmente, foi convidada a assinar sua demissão. Motivos? De direito da Congregação dos Oblatos de São José. Motivo de festa e alegria para a comunidade apucaranense e por que não do Vale do Ivaí, pois, nascia, assim, em fevereiro de 2001, o CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL “VÔO LIVRE”, Educação Infantil do berçário aos 6 anos, (anos lindos), em sociedade com duas amigas, JOMAR transformou em realidade um sonho. Baseada na realidade que sempre presenciou no meio educacional, que era carente de um trabalho diferenciado de todas as opções educacionais já existentes. Trabalhando o desenvolvimento pleno da criança como cidadão integrado a sua comunidade, com conhecimentos básicos de ética, pluralidade cultural, artes, etiqueta e vida prática. Hoje, com 19 anos de existência, o CENTRO DE EDUCAÇÃO INFANTIL VÔO LIVRE é referência em Educação Infantil, servindo de inspiração para criação de novas escolas de Educação Infantil, sempre respeitando e compreendendo a individualidade de cada aluno e sua família. AMOR, TEORIA E PRÁTICA, eixos que movem o C.E.I. VÔO LIVRE, que sempre acreditou e acredita no SABER ALIADO AO PRAZER!
Em 2016, JOMAR foi premiada como “MULHER DE OURO” pela Câmara da Mulher. Papai, mamãe, irmão e esposo passaram para o plano superior. Alegrias: filhos com curso superior, profissionais brilhantes, casados, noras e genro presentes de Deus. Netos? Mariana, Joaquim, Henrique e João Vicente, emoções que não se explicam é ver a vida na vida, amores de meus amores. Tristezas profissionais: a consciência de que não fez tudo que deveria ter feito pelas crianças, seus educandos. Chora pelos que já se foram deste mundo e por aqueles que não conseguiram alcançar seus sonhos. Alegria de ter feito parte da vida de muitas famílias, auxiliado na formação de cidadãos conscientes de sucesso pessoal e profissional dos muitos homens que hoje fazem parte da nossa sociedade nacional e até internacional.
Mensagem da Tia Jomar: Educação Infantil, o tudo na formação do ser humano, responsável pela base e estrutura do futuro homem...
TIA JOMAR É MULHER DESTAQUE 2019
*Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Apucarana