Vereadora cobra mais moradias para baixa renda

 Segundo ela, o episódio ocorrido no Residencial Ouro Fino exemplifica o problema de falta de moradias para os moradores deixa faixa salarial. Oito casas do residencial, construído com recursos do programa “Minha Casa, Minha Vida”, foram invadidas nesta semana. Na manhã de sexta-feira, os imóveis foram desocupados pela polícia, após ordem judicial.

“Venho insistindo desde que assumi na Câmara que os principais problemas da cidade se referem à falta de moradias. Recebo diariamente pessoas reclamando sobre a questão da habitação”, afirma Lucimar. Ela discorda da invasão, mas observa que o fato comprova o problema. “Isso demonstra que há muitas famílias de baixa renda sem habitação. E são essas pessoas que mais precisam de programas habitacionais", diz. Segundo a vereadora, a maioria dos empreendimentos lançados em Apucarana atende a população na faixa entre 3 e 10 salários mínimos.

INVESTIMENTOS

O prefeito João Carlos de Oliveira (PMDB) afirma que o município deve ganhar cerca de 1,5 mil moradias destinadas à população com renda até 3 salários mínimos. Ele afirma que a administração está fazendo um grande esforço para atender essa demanda. “A questão da habitação é uma de nossas prioridades. Detectamos essa carência no nosso trabalho diário e nos mutirões do Viva Apucarana, e estamos correndo atrás de novos empreendimentos habitacionais para o município”, afirma. João Carlos se mostra preocupado com um possível estímulo à invasão de moradias, como ocorreu no Residencial Ouro Fino. “Serão mais de 1,5 mil moradias para essa faixa de renda. Não atenderemos a todos, mas será um passo significativo para reduzir o déficit habitacional", afirma.

Além das 67 moradias do Residencial Ouro Fino, João Carlos cita outras 137 no Residencial Cidade Educação, em fase de construção; 150 no Loteamento Orlando Bacarin,m na região de Vila Reis, cujos contratos devem ser assinados até o final deste mês; 96 em construção na Vila Reis; 701 unidades nas proximidades do Jardim Colonial, que serão financiadas pela Caixa Econômica Federal (CEF) e devem ser anunciadas ainda neste ano; e mais 350 casas em um terreno adquirido pela Prefeitura nas proximidades do Núcleo Sanches dos Santos.

“Estamos buscando moradias para a população dessa faixa de renda. Não irá zerar o déficit, mas avançaremos bastante”, reforça João, citando ainda os empreendimentos para moradores que recebem acima de três salários, os quais estão sendo beneficiados com apartamentos na cidade.

-----

Fernando Klein - Tribuna do Norte - Diário do Paraná
06-11-2011