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Prefeitura explica aos vereadores desvio em impostos de Apucarana

por Administrador publicado 03/02/2011 21h53, última modificação 08/04/2016 17h16
A Câmara de Apucarana ouviu na tarde desta quinta-feira (03) um grupo de representantes da Prefeitura sobre denúncia de corrupção nos impostos municipais.

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Reunião na sala da presidência: os vereadores querem detalhes sobre o desvio de dinheiro do IPTU e do ITBI



O escândalo veio a público no mês passado, quando o próprio prefeito João Carlos de Oliveira (PMDB) admitiu ter recebido a denúncia, realizado uma diligência interna e levado o caso ao Ministério Público. O desvio de recursos estaria ocorrendo dentro da Prefeitura, com servidores encarregados de receber e dar quitação no pagamento do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). Suspeita-se, porém, de desvio também em outros impostos, como o ITBI. “Foi uma reunião esclarecedora, que serviu para posicionar o Poder Legislativo em meio a esta confusão. Até agora, os vereadores só sabiam do caso pelo que foi veiculado na imprensa e por conversas de terceiros”, avaliou o presidente da Câmara, Alcides Ramos Júnior (DEM).

O grupo enviado pela Prefeitura foi formado por Luiz Sérgio Hilário, secretário da Fazenda, Waldomiro Popadiuk, secretário de Administração, Juliana Catarin, procuradora jurídica, e outros assessores. Eles pediram que a reunião fosse a portas fechadas, alegando que há dados sigilosos e que ainda estão sob investigação. O assessor jurídico da Câmara, Petrônio Cardoso, sugeriu então a retirada dos assessores da Casa, o que teve também o apoio do vereador Aldivino Marques, o “Val” (PSC), autor do requerimento para que o grupo explicasse o caso no Legislativo. Alcides Ramos, mesmo contrariado, acatou a decisão da maioria e a reunião ocorreu a portas fechadas.

“O grupo nos informou o nome de dois servidores que estão sob investigação, sendo que um deles já foi exonerado. A Câmara solicitou uma cópia do processo de sindicância e vai convocar os dois servidores para depor na CPI da Dívida Pública”, adiantou Alcides, ao final da reunião. “Nós respeitamos o pedido feito pelo grupo, de não revelar o nome dos que estão sendo investigados, nem outros dados que informaram ser sigilosos, mas o Legislativo tem que fazer a sua parte. Não é possível a cidade nesse estado, com falta de dinheiro para arrumar o asfalto, para limpeza e tantas outras coisas e gente lá dentro da Prefeitura roubando o dinheiro suado do contribuinte”, afirmou Val. Além dos dois servidores sob suspeita, a CPI poderá convocar outros integrantes da Prefeitura que possam ter ligação com o recebimento de tributos e a avaliação de imóveis.