Rede de Proteção a Mulher é debatido em encontro regional

por imprensa — publicado 11/12/2019 11h18, última modificação 11/12/2019 11h18
Vereador Gentil Pereira representou a Câmara durante o encontro
Rede de Proteção a Mulher é debatido em encontro regional

Vereador Gentil Pereira em evento de Rede de Proteção a Mulher

Um encontro realizado nesta terça-feira (10/12), no auditório do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná (Crea-PR), além de discutir o fomento da rede de atendimento à mulher, marcou o encerramento das atividades da campanha “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher” e também o Dia Internacional dos Direitos Humanos.

Representando a Câmara Municipal de Apucarana, o vereador Gentil Pereira acompanhou as atividades ao lado do prefeito Junior da Femac e da secretária Municipal da Mulher e Assuntos da Família, Denise Canesin. O evento também contou com a presença da representante da secretaria Estadual da Família, Justiça e Trabalho, Thamires Guerra, do capitão da Polícia Militar Vilson Laurentino da Silva, da delegada da Mulher Sandra Nepomuceno, do juiz Rogério Tragibo, da representante da Comissão da Mulher Advogada da OAB Karime Marins de Ramos, da coordenadora do Núcleo de Práticas Jurídicas da FAP, Fabíola Carrero, do guarda municipal, Reinaldo Donizete de Andrade e da secretária de Assistência Social Ana Paula Nazarko.

A reunião teve como tema central “A Importância da Articulação, Fomento e Fortalecimento da Rede Municipal de Atendimento à Mulher”. Os municípios de Faxinal, Califórnia, Sabáudia, Rio Bom e Jandaia do Sul enviaram representantes ao encontro.

O prefeito Júnior da Femac destacou o fato de que Apucarana, maior produtor de roupas do Paraná, tem na cadeia produtiva da confecção 80% da mão de obra feminina. “Nós temos um olhar muito carinhoso com a mulher em nossa cidade. Apucarana é dos poucos municípios do Estado que dispõe de uma secretaria para cuidar das mulheres. Nosso secretariado municipal é constituído por metade de homens e metade de mulheres. E temos que entender que violência, discriminação e assédio não são e não podem ser normais”, disse na abertura do encontro.

A palestrante da reunião foi a assistente social Sueli Galhard, da secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres de Londrina, que falou sobre a importância da articulação e do fortalecimento das redes que prestam atendimento e proteção às mulheres em situação de violência doméstica. Ela expôs números da violência contra a mulher em território nacional: 13 mulheres assassinadas por dia, um estupro a cada 11 minutos. Segundo ela, as entidades sociais que pesquisam a problemática estimam que apenas 10% dos estupros sejam notificados e que haja mais de meio milhão deles anualmente. A palestrante chamou a atenção sobre o potencial articulatório do trabalho transversal e intersetorial realizado em rede e elogiou os serviços implementados em Apucarana.

A secretária da Mulher, Denise Canesin, ressaltou a importância do trabalho de prevenção à violência doméstica começar na educação fundamental. “Isso é primordial. Em Apucarana, começamos com os pequeninos, nas séries iniciais do ensino fundamental, por meio de projetos que tem o objetivo de desnaturalizar a violência doméstica. Em nossa rede de enfrentamento à violência doméstica, as ações são articuladas e o trabalho é transversal, trazendo efetividade e celeridade a cada situação e oferecendo à mulher todo o apoio e as ferramentas necessárias para se romper o ciclo de violência”.

Em nome da Câmara Municipal, o vereador Gentil Pereira, agradeceu o convite e falou da importância das políticas públicas implementadas no município no atendimento à Mulher. Recentemente duas Leis de autoria do vereador foram aprovadas por unanimidade que protegem às mulheres: a primeira que garante prioridade de encaminhamento à vaga de emprego e de cursos profissionalizantes às mulheres vítimas de violência doméstica no Município de Apucarana. Essa Lei visa um tratamento diferenciado às mulheres vítimas de violência doméstica. Segundo o vereador, grande parte destas mulheres está morrendo no local que deveria ser sua segurança e de sua família. “Uma das causas do crescimento dos índices de violência doméstica é a condição financeira das mulheres, que muitas vezes dependem dos rendimentos dos parceiros para viver, outro fato relevante é que as mulheres se tomam vítimas devido à rota crítica, pois encontram diversos obstáculos na busca de sua proteção e reparos, resultando em desgastes emocional, baixa autoestima, situação econômica instável, carência de recursos sociais, falta de apoio familiar e de um local que as acolham. É imprescindível a implantação de medidas que livrem as mulheres vítimas de violência do poder de seu agressor, empoderando-as com acesso ao trabalho, elas passam a não aceitar a situação de violência que por vezes acabam se submetendo, por não ter como gerar a própria renda”, lembra Gentil.

Também foi aprovada a Lei que cria a campanha "Busão sem Abuso" nos ônibus que realizam o transporte público coletivo de passageiros, no Município. A Campanha do 'Busão sem Abuso' tem como objetivo encorajar as mulheres, usuárias do transporte coletivo, a denunciar qualquer ato abusivo ocorrido no ônibus. Tanto o assédio físico quanto o moral são considerados crimes, conforme previsão legal, na tentativa de coibir ou inibir os criminosos. “Diante de tantos casos que temos acompanhado ultimamente sentimos a necessidade e obrigação nossa, de agirmos contra essas atrocidades”.

 

Foto: Edson Denobi (PMA)