Val cobra TSE sobre brindes em campanha
O vereador quer saber em quanto foram reduzidos os gastos de campanha, nas últimas eleições, com a proibição de se distribuir brindes, como bonés e camisetas. “Nossa impressão, a princípio, é de que não houve redução nenhuma nas despesas, pois os gastos que ocorriam com brindes foram transferidos para outros setores. Em muitos municípios, ao que se percebe, o dinheiro antes gasto com brindes passou a ser usado para a compra de votos pura e simples”, assinala o vereador.
Segundo Val, o questionamento é de interesse do município de Apucarana, que se destaca como grande centro produtor de bonés, camisetas e outros brindes. “Não resta dúvida de que Apucarana foi seriamente prejudicada com esta lei. Antes, a cada dois anos, as fábricas locais ganhavam um fôlego extra, nas campanhas eleitorais, produzindo bonés, camisetas e brindes diversos para todo o Brasil. Como a proibição a princípio parece não ter moralizado as campanhas, uma vez que eleições continuam sendo anuladas, prefeitos e até governadores continuam sendo cassados por abuso do poder econômico, os fabricantes de brindes é que perderam”, avalia o vereador.
Para Val, é “uma bobagem” achar que alguém troca o voto por um boné ou uma camiseta. “São recursos que ajudam a dar visibilidade em uma campanha, nada mais. A Justiça tem que coibir os abusos, seja com brindes, seja sem brindes”, prossegue Val. Segundo ele, conforme a resposta do TSE e do TRE, é preciso que Apucarana e outros centros fabricantes aproveitem a reforma política em andamento para que a proibição seja revista.
*Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Apucarana