Vereadora Aurita quer explicações de clínicas do Detran
Aurita quer que as clínicas Habilitare e Condutran prestem explicações com relação ao índice de reprovações no teste, que estaria elevado no município. As clínicas contestam a versão da vereadora.
Vinculadas ao Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR), as clínicas são as únicas habilitadas para realizar o teste psicológico, popularmente conhecido como psicotécnico.
Segundo a vereadora, existem informações preocupantes a respeito do lucro das clínicas sobre os testes. “Estamos em um processo de investigação. Se as informações se comprovarem, pode estar caracterizada uma ‘indústria de taxas’ em nossa cidade”. Aurita diz que pessoas a procuraram reclamando que reprovaram o teste mais de 10 vezes. A taxa para fazer o teste custa R$ 70.
As clínicas rebatem as acusações feitas pela vereadora. Ambas afirmam que o índice de reprovações não são exorbitantes, mas não informaram o percentual de reprovações.“Os testes seguem normas feitas pelo Denatran e pelo Contran, órgãos federais ligados ao trânsito. Todos os instrumentos são reconhecidos pelo Conselho Federal de Psicologia e tanto os métodos quanto os resultados são padronizados”, explica a psicóloga da clínica Condutran, Rosângela Bacron.
A psicóloga da Habilitare, Fernanda Marins Beran, explica que o Detran realiza fiscalizações periódicas nas clínicas. “Ocorrem visitas-surpresa pelos órgãos fiscalizadores para avaliar o nosso trabalho. Não há possibilidade de fraude”, diz. “Se a pessoa reprova duas ou três vezes, você consegue traçar um perfil e aconselhá-la a procurar um auxílio profissional, como psicólogo ou psiquiatra, por exemplo”, complementa.
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O Detran afirmou não ser possível fornecer ontem o percentual de reprovações em Apucarana. Contudo, no ano passado, 28,9% dos candidatos - mais de um quarto - reprovaram na primeira prova.
Jéssica de Almeida é vendedora e está fazendo o teste pela segunda vez. “Não sei porque fui reprovada. Achei que tinha ido bem”, diz.Ela acredita que o resultado foi injusto. “Eu desconfio. Acho que as empresas querem o nosso dinheiro”, reclama.
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03-09-13
*Reprodução do texto autorizada mediante citação da Câmara Municipal de Apucarana