Você está aqui: Página Inicial / Sobre a Câmara / Notícias / Vereadores criticam baixa capacidade de investimento

Vereadores criticam baixa capacidade de investimento

por Administrador publicado 04/12/2011 18h01, última modificação 08/04/2016 17h04
A capacidade de investimentos da Prefeitura de Apucarana representa apenas 3,4% do orçamento previsto para 2012. São R$ 5,9 milhões para uma arrecadação total esperada em pouco mais de R$ 174 milhões.

Por outro lado, a amortização da dívida pública do município e os juros representarão 4,6% da receita, ou seja, cerca de R$ 8 milhões. Esses números foram discutidos nesta quinta-feira (01), durante audiência pública na Câmara sobre o projeto de lei que trata do orçamento público de Apucarana para o ano que vem. Vereadores criticaram a baixa capacidade de investimentos do município.

Mais uma vez, a audiência pública contou com presença reduzida da população. Poucas pessoas aproveitaram a oportunidade para tirar dúvidas sobre a peça orçamentária de Apucarana, que prevê a receita e a despesa do município para o ano que vem.

O vereador Júnior da Femac (PDT) criticou o fato de Apucarana gastar mais com o pagamento de dívidas do que com investimentos para 2012. “O Estado do Paraná cresce de 10% a 12% por ano. Enquanto isso, Apucarana investe em novas obras apenas 3,4% do orçamento. É muito pouco”, disse Júnior, defendendo a redução dos gastos com a máquina administrativa.


A vereadora Lucimar Scarpelini (PP) criticou o gasto excessivo com a folha salarial e voltou a questionar “o número grande” de funcionários comissionados. O vereador Aldivino Marques da Cruz Neto, o Val (PSC), seguiu a mesma linha, afirmando que Apucarana perde investidores porque tem poucos recursos disponíveis para obras.


O secretário de Gestão Pública, Valdomiro Popadiuk, e o servidor Caio Salinet representaram a administração na audiência pública. Em relação à capacidade de investimentos, Popadiuk reconheceu a necessidade de “buscar fora” recursos para novos investimentos, através de emendas federais e convênios.


No entanto, assinalou que essa capacidade de investimentos reduzida é fruto da sobrecarga que os municípios têm. “Hoje, os governos federal e estadual repassam para as prefeituras obrigações nas áreas de saúde, educação, infraestrutura, entre outras. Assim, a maioria dos municípios tem dificuldade em ter capacidade maior de investimentos”, afirmou Popadiuk.


Em relação à folha salarial, ele afirmou que o município gasta hoje cerca de 45% do orçamento com essa demanda. No entanto, a estimativa é que o gasto suba para 49%. Por outro lado, o secretário antecipou que a Prefeitura irá promover uma reforma administrativa no quadro de funcionários, abrangendo especialmente a questão dos comissionados. Ele admitiu a possibilidade de “enxugamento”.



Fonte: Tribuna do Norte

---

03-12-11